Quando anoiteceu, pôs seu
melhor vestido e foi até o barzinho que sabia que encontraria suas amigas.
Sentou-se a mesa, cumprimentando-as e foi logo pedindo umas doses de tequila.
- Vai mais devagar, Renata! Essa já é a sua quinta!
Mas ela não queria ir mais devagar, ainda ouvia algo em sua cabeça.
- Será que é coisa da minha cabeça? Vocês não estão mesmo ouvindo?
Não estavam. E já haviam dito isso milhares de vezes naquela noite. Mas, tudo bem, a voz não a incomodava mais.
Achava até certa graça em perceber o quanto ela estava certa em tudo que dizia. E enquanto ela ouvia um monte de coisas o mundo rodava e, dessa vez sim, ela tinha certeza que nada fazia sentido. Voltava a perceber o mal estar no estomago, mas agora sabia que era por causa da bebida, agora sim ele tinha um motivo para estar lá, o de antes não. Precisava ir pra casa, quem sabe agora pegaria no sono e aquela loucura não terminaria junto com o dia. Pegou a chave do carro e anunciou:
- Meninas, eu estou indo EMBORA!
- Até parece que você vai pegar o carro nesse estado! Dá essa chave aqui!
- Mas eu consigo dirigir bêbadaaaa! Na verdade, eu até dirijo melhor em estado de embriaguezzz
- Você está louca Renata! Eu vou te deixar em casa, vai!
Foi Claúdia quem abriu a porta do carro e colocou-a para dentro. Dirigiu até o apartamento aguentando as filosofias doidas que Renata insistia em profetizar. Estacionou na porta do prédio, mas não conseguiu impedir que a amiga saísse correndo para o meio da rua. Bêbado não tem noção do perigo. Só sentiu o perigo quando o carro dobrou a esquina e não conseguiu desviar.
- Vai mais devagar, Renata! Essa já é a sua quinta!
Mas ela não queria ir mais devagar, ainda ouvia algo em sua cabeça.
- Será que é coisa da minha cabeça? Vocês não estão mesmo ouvindo?
Não estavam. E já haviam dito isso milhares de vezes naquela noite. Mas, tudo bem, a voz não a incomodava mais.
Achava até certa graça em perceber o quanto ela estava certa em tudo que dizia. E enquanto ela ouvia um monte de coisas o mundo rodava e, dessa vez sim, ela tinha certeza que nada fazia sentido. Voltava a perceber o mal estar no estomago, mas agora sabia que era por causa da bebida, agora sim ele tinha um motivo para estar lá, o de antes não. Precisava ir pra casa, quem sabe agora pegaria no sono e aquela loucura não terminaria junto com o dia. Pegou a chave do carro e anunciou:
- Meninas, eu estou indo EMBORA!
- Até parece que você vai pegar o carro nesse estado! Dá essa chave aqui!
- Mas eu consigo dirigir bêbadaaaa! Na verdade, eu até dirijo melhor em estado de embriaguezzz
- Você está louca Renata! Eu vou te deixar em casa, vai!
Foi Claúdia quem abriu a porta do carro e colocou-a para dentro. Dirigiu até o apartamento aguentando as filosofias doidas que Renata insistia em profetizar. Estacionou na porta do prédio, mas não conseguiu impedir que a amiga saísse correndo para o meio da rua. Bêbado não tem noção do perigo. Só sentiu o perigo quando o carro dobrou a esquina e não conseguiu desviar.
Foi um baque enorme, que doe-lhe tanto que achava que aquela
dor não era real. Sempre achou que seria atropelada, mas nunca pensou que
doeria tanto. Caída no chão e sangrando, o mundo continuava rodando, e agora
não era só por causa da bebida. Ouvia berros ao longe, tumulto e ouvia a voz.
Quando conseguiu abrir os olhos, viu o
homem que descia do carro e ia ao seu encontro. Era ele. Parecia que se
conheciam a anos, que sempre esperara por ele e apesar de sentir sua vida por
um fio sentiu-se tomada por uma inexplicável alegria. Olhou em seus olhos e soube que aquele era o
amor de sua vida. É verdade, nem se
conheciam, não se falaram, mas aquele olhar bastou para ela descobrir que amor
a primeira vista existia sim. Mas ela não foi criada para viver esse amor,
apenas para descobri-lo. Sua história não é um romance, é uma tragédia que se
encerrou junto com o seu ultimo suspiro.
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