sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Love makes no sense

Paulo olhou para cima a procura dela como fazia depois de todo por do sol. E assim como esperava, ela estava lá. Ela sempre estava, mesmo quando não parecia. Era pra ele a mais bonitas de todas, em um céu repleto de estrelas, era a que mais brilhava. E Paulo sabia que já não tinha mais jeito, era impossivel negar: estava apaixonado por ela. "Apaixonado por uma estrela? Você está louco, meu amigo", muitos diziam.
 Mas é porque ninguém sabia que só para ele é que ela brilhava tanto. Ninguém mais a reconheceria, porque ela era só dele. A estrela também estava apaixonada e estava sempre a espiar por ele. Ali tão longe, encantada por Paulo, ela se iluminava ainda mais quando ele a olhava. Era o seu segredo: amar um humano, que absurdo! Mas ela sabia que não tinha mais jeito: estava sempre a esperar o momento em que ele olharia pro céu a sua procura.
 E assim os dois seguiam suas noites, a se admirarem. Consumidos e alimentados por um amor tão sincero que até dóia tamanha distânia. Conversavam durante horas, mesmo que para mas ninguém suas conversas faziam sentido. Não se importavam, o amor não fazia (nem precisava fazer) muito sentido. Só a certeza que o outro existia e que sempre estaria ali já era o suficiente.

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