segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Sobre o cansaço de existir

Tem dia que simplesmente me canso. De mim mesma. É o pior dos cansaços. Não dá pra dar uma corridinha de mim, não dá pra se esconder, desistir ou enfrentar. Simplesmente suporto. Suporto a minha ridícula melancolia que me puxa um pouco além do fundo do poço, a minha solidão que se faz a pior das companhias, a minha vontade de não ser. Seria mais fácil não existir, cansaria menos, exigiria menos. Existir cansa. Ter que viver com a minha existência então, me deixa exausta.
Odeio esses dias de tempestade. Tempestade de sentimentos que me puxam de volta pro lugar que eu demorei tempo demais pra conseguir sair. Que alaga tudo, me deixa ilhada, sozinha, revoltada. Quero nadar de volta pra não me afogar, mas a correnteza parece forte demais. Cansa. Percebo que não adianta lutar. Deixo me levar por essas águas. É só por um tempinho, logo o tempo se abrirá de novo. Acontece toda vez.

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