sexta-feira, 19 de julho de 2013

Pode assoprar que não vou cair.


Meu muro hoje é de tijolo. Antes, já foi de madeira e já foi de palha, mas um sopro levou tudo. Um não: dois, três, quatro...uma ventania. Levou a inocência, levou a esperança, levou toda a beleza. Deixou só os restos espalhados pelo chão: pedaços de paixões, de sonhos, de vontades. E eles nunca mais voltaram a ser como antes.
Meu muro de tijolo é bem mais seguro. Contem corações levianos, evita machucados, afasta ilusões. É certo que também não deixa passar muito as coisas boas - mas quanto a elas, tenho dúvidas se elas realmente estão aí a fora, além do meu muro.
Prefiro não trocar o certo pelo duvidoso no que diz respeito à proteção. Não me orgulho disso, não queria isso. Mas o muro já está quase pronto...de qualquer forma é muito mais difícil alguém derrubá-lo. Quer eu queira ou não.

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